A nota técnica traça um paralelo entre as recomendações alimentares para crianças de até cinco anos realizadas pelo MS brasileiro, a OMS e a SBP. Em vista apoiar profissionais da saúde infantil e cuidadores de crianças na tomada de decisões.
Com a tripla carga de má nutrição, que engloba a coexistência entre a desnutrição, o excesso de peso e a fome oculta, como um dos maiores de saúde pública do mundo. Os hábitos alimentares desenvolvidos na infância podem perdurar, assim como as doenças, até a idade adulta. Sendo de suma importância o cuidado desde os primeiros momentos de vida. Com isso, em 2022 o MS do Brasil traz uma revisão do guia alimentar para crianças menores de 2 anos de idade e a SBP publica um guia prático para crianças de 0 a 5 anos de idade. Mas em em 2023 a OMS surge com um guia para alimentação de crianças de 6 a 23 meses, baseado em evidências científicas atualizadas e algumas questões polêmicas quanto ao uso do leite animal e fórmulas infantis. No entanto, a abordagem é direcionada a um público genérico, não incluindo especificidades como a prematuridade e as intolerâncias alimentares.
As diretrizes destacam a importância da rede de apoio para o aleitamento materno da criança até os dois anos de idade, a diversidade dos alimentos da introdução alimentar e a suplementação para crianças até os cinco anos de idade.
Apresentamos uma breve comparação entre os princípios do Guia alimentar para menores de 2019 do Brasil frente as diretrizes de 2023 da OMS e as notas emitidas em resposta realizadas pelo MS do Brasil e a SBP. Destaca-se que as recomendações brasileiras incorporam aspectos socioeconômicos e culturais, tornando-as mais específicas em comparação com as diretrizes da OMS. Para uma melhor troca de saberes, foi organizado um glossário com os termos mais utilizados nos documentos. A nota técnica deve apoiar a promoção da saúde e a prevenção de doenças em curto e longo prazos, esclarecendo e unificando essas recomendações.